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Resenha #105: Quando eu parti

Título: Quando eu parti 
AutorGayle Forman
Editora: Galera Record
Nº de Páginas: 308

Quando um coração falha, não é apenas o corpo que trai. Mas sonhos desfeitos, amores não vividos, destinos cruzados. Maribeth Klein tem a própria cota de problemas: do marido omisso até a chefe e ”ex-amiga” Elizabeth, passando pelos gêmeos superativos. Ela está sempre tão ocupada que mal percebe um ataque cardíaco. 
Depois de uma complicação inesperada no procedimento cirúrgico, Maribeth começa a questionar os rumos que sua vida tomou e faz o impensável: vai embora de casa. 
Longe das exigências do marido, filhos e carreira, e com a ajuda de novos amigos, ela finalmente é capaz de enfrentar o passado e os segredos que guarda até de si mesma

Olá pessoal, tudo bom com vocês? Hoje venho falar de um livro que me deixou dividida e que, francamente, não sei dizer ainda se gostei ou não. Pode parecer estranho não ter ao certo uma opinião formada sobre determinado livro, mas, vou tentar passar o que a leitura me passou e vocês decidem ok? O livro da vez é “Quando eu parti”, lançamento da autora Gayle Forman, sendo este seu primeiro romance adulto.



O livro nos traz a história de Maribeth, que é uma mulher que poderia facilmente ser de seu convívio ou do meu. Mãe, esposa, profissional. Ela “tem” que dar conta de tudo, o tempo todo. Ela se sente sobrecarregada, mas, não tem tempo de se cuidar ou de pensar em brigar por mais apoio do marido. A verdade é que todas as funções que ela assume todos os dias já drenam qualquer energia que teria para puxar uma possível discussão sobre o assunto.

Esta é sua rotina, até que, em “um belo dia”, ela tem um infarto e sequer percebe os sinais até passar por uma consulta. Devido a sua rotina estressante, ela mal teve tempo de pensar no que lhe acontecia.
Após dias no hospital e uma ponte de safena, ela volta para casa para se recuperar. O que ela não esperava era a cobrança dos filhos, a atitude do marido de lhe delegar funções e problemas e claro, a mãe que estava ali para ajudar, mas, que não era lá de grande ajuda assim.

Maribeth, em um momento de desespero, onde sente que se continuar vivendo daquela forma acabará doente novamente, junta alguns pertences, escreve um bilhete e vai para uma outra cidade.


É em uma nova cidade, sem exigências e cobranças, que nossa protagonista passa por uma fase de reconhecimento, onde busca informações que até então não admitia querer e passa a enfrentar o passado que a assombra.



É uma temática muito interessante, não é mesmo? Maribeth é o retrato de muitas mulheres que encontramos em nossa sociedade, o que me fez querer ler esse livro de cara. Lia as primeiras páginas pensando em Desconstruindo Amélia, uma música da Pitty que retrata mulheres que são exatamente como nossa personagem aqui. Iniciei a leitura querendo ver a solução que a autora encontraria para a problemática e essa já começou me desagradando.

Quando Maribeth deixa tudo para trás furtivamente, eu confesso que fiquei extremamente decepcionada. Ela podia sim fazer uma viajem para se curar, para se tratar, mas, precisava realmente abandonar os filhos pequenos sem qualquer justificativa ou despedida? Achei aquele gesto de extremo egoísmo.

Quando apareciam flashbacks da personagem e nos era mostrado o que ela procurava ali naquela cidade e em si mesma, eu fui simpatizando um pouco com ela. Mas, quando o fazia, me lembrava de seus filhos e ficava com aquele questionamento de certo e errado, de justo ou injusto, enfim!

Quando você descobre o motivo que levou a autora aquele auto descobrimento, você percebe que é uma justificativa plausível e até necessária. Mesmo que nós leitores não concordemos com a forma como foi feita essa “viagem”, nós acabamos percebendo que foi necessária até mesmo para o bem estar de sua família. Foi nesse ponto que Gayle começou a me deixar cada vez mais confusa.

Teve um outro ponto (que não posso descrever porque seria spoiler), onde por causa da fuga de Maribeth, outros personagens são obrigados a enfrentarem seus medos e questões, o que se torna o ponto alto do livro para mim e cá entre nós, isso não teria acontecido se ela continuasse vivendo a mesma vida. Neste ponto me peguei pensando por diversas vezes se a autora quis mostrar um caso onde “o fim justifica o meio” e tudo, mesmo que a contragosto do leitor, faria sentido e o faria refletir.

O fato é que se trata de uma leitura fluida, bem escrita, que, por diversas vezes, me agradou e me desagradou, mas, que ao fim me fez pensar em vários temas importantes como adoção, culpa, amor próprio, amizade e, após refletir sobre tudo o que tinha lido, percebi que estava mais confusa que nunca em relação a minha opinião sobre a leitura.

O que me resta, enquanto tento decidir se gostei ou não, é recomendar a vocês esta leitura e deixar que tirem suas próprias conclusões em relação a mesma e a forma como essa situação da mulher na sociedade atual foi abordada nesse livro.  Me desculpem se essa resenha ficou uma confusão só, mas, não podia deixar de comentar sobre esse livro com vocês e, francamente, não sei quando vou me decidir sobre o impacto que essa leitura causou em mim.

É isso pessoal! Não deixem de comentar ok? Beijos e até o próximo post!



16 comentários:

  1. Sou muito fã desta autora e comprei este livro sem nem ler a sinopse. Fiquei intrigada com várias coisas que você considerou na resenha e acredito que terei uma opnião melhor do livor, após a leitura dele.
    MEU AMOR PELOS LIVROS
    Beijos

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  2. Olá
    Essa autora tem livros publicados em diversas editoras aqui no Brasil e eu infelizmente não pude ele nenhum dês suas obra até o momento. Achei bem legal a proposta desse novo livro e espero poder ler em breve. A capa é realmente muito linda e fico feliz que a leitura tenha sido fluida. Até mais ver
    Bjs

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  3. Oie, tenho visto as mesmas críticas que a sua quanto ao livro, um tema muito interessante e promissor mas que ao mesmo tempo deixou a desejar. Particularmente estou pretendendo ler, principalmente porque ainda não conheço essa autora e quero conhecê-la, e como não gosto de livros adolescentes, esse que é o primeiro adulto dela é um bom começo.

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  4. Oi!
    Adorei a sinopse e algumas coisas da sua resenha me fez pensar algumas coisas, mesmo sem ter lido.
    Vc falou que achou egoísta da parte da personagem deixar os filhos pequenos sozinhos, certo!? Mas na verdade, eles não estavam bem sozinhos, estavam com o pai. E como vc falou, isso poderia acontecer com qualquer uma de nós. Vc considerou que se fosse qualquer uma de nós, poderia ser talvez uma depressão, devido a tanto estresse passado pela personagem? Seria um caso a se pensar... Mas gostei da sua resenha.
    =*

    http://feliciity-unjourdepluie.blogspot.com.br/?m=0

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  5. Olá.
    Tudo bom?
    Sinceramente lendo sua resenha fiquei na dúvida se vou gostar até porque você mesmo não soube nos dizer isso, mas mesmo assim quero ler e tirar minhas próprias conclusões.
    Beijos

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  6. Oi, tudo bem?
    Então, a sua resenha ficou ótima, mas, apesar disso, não me senti curiosa em relação a obra. O tem que ele trata parece ser muito interessante, mas não me chamou a atenção. Fico feliz que o livro traga tantos pontos a serem refletidos.

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  7. Olá!! :)

    Eu não conhecia o livro mas há tempos que quero ler algo da autora!! :) ahah Amei conhecer este!!

    A capa esta mesmo muito bonita!! Fresca, colorida! :) Que ótimo que a autora conseguiu uma leitura fluida! :)

    Boas leituras!! ;)
    no-conforto-dos-livros.webnode.com

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  8. Só li os livros de Se eu ficar e gostei bastante da escrita da autora, e mesmo que você tenha ficado em dúvida sobre ter gostado ou não, pretendo ler e descobrir.
    Espero poder ler em breve!

    Virando Amor

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  9. Gosto da escrita da Gayle, justamente por envolver o leitor em questões viáveis que poderíamos existir. Fiquei doida com a família de Maribeth, que povo sem noção! Não sei o que sentiria lendo, mas a princípio, apoio a atitude dela de largar tudo.
    Bjs

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  10. Me lembrou completamente o filme feito do livro dela e alguns outros livros, é realmente a temática da Gayle escrever livros assim, mas acho que eu esperava mais um livro adolescente do que um tema mais adulto.

    Beijos,

    Greice Negrini

    Blogando Livros
    www.blogandolivros.com

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  11. Olá,

    Sou apaixonada pelos livros da Gayle, já li quatro livros da autora e espero ler todos os outros que faltam.
    Eu achei a premissa desse livro bem interessante por se tratar de um romance adulto, o que sempre trás uma carga de drama maior, pelo menos é o que eu acho. E fiquei intrigada com sua resenha, pois pelo que vejo a hora vai tocar em vários pontos delicados.
    Estou bem curiosa para esta leitura.

    Beijos,
    entreoculoselivros.blogspot.com.br

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  12. Fiquei meio confuso com a resenha, e no fim acho que até você. O livro realmente consegue mexer com as emoções. Gostei de como a autora mostra o papel da mulher nesta história e tudo que a protagonista enfrenta para ser feliz.
    Anotei aqui vários emponderamentos que você passou do livro, e quando ler vou te dizer o que achei da história em si.

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  13. Eu não gosto da Gayle, só por isso não leria o livro. Acho as histórias dela extremamente forçadas, então de uns tempos pra cá parei de tentar lê-las.
    às vezes acontece de eu também não saber dizer se gostei ou não de determinado livro, é normal.
    E eu acho que não aceitaria nenhuma justificativa para o fato dela ter abandonado os filhos, isso não se faz!

    Beijos

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  14. Olá,
    Desde o lançamento da obra que tenho muito interesse por sua leitura.
    A premissa é bem interessante e os temas abordados como adoção e amor próprio me deixam intrigada para saber como foram abordados. Maribeth realmente é o retrato de muitas de nós que precisamos dar conta de tudo e ainda ser realizada.

    https://leitoradescontrolada.blogspot.com.br/

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  15. Oi! Eu não sou muito fã da Gayle. Li um livro dela e não gostei porque acho a escrita dela parada e chata, mas falando sobre esse livro, o que diabos a pessoa pensa para sumir do nada? Eu acredito que cada um tem que ter um momento para si, mas ao ponto de abandonar os filhos, já não concordo. Acho que entrara em um pós e contra enorme aqui. O fato é que não sei se leria o livro. Talvez sim, talvez não, depende haha
    Beijo! Leitora Encantada
    Participe do Sorteio de Natal

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  16. Depois de ler essa resenha fiquei morrendo de vontade de ler o livro. Mais um para a minha interminável lista haha
    Adorei sua resenha!

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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