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Resenha #110: O doador de memórias

Título: O doador de memórias 
AutorLois Lowry
Editora: Arqueiro
Nº de Páginas: 194


Ganhadora de vários prêmios, Lois Lowry constrói um mundo aparentemente ideal onde não existe dor, desigualdade, guerra nem qualquer tipo de conflito. Por outro lado, também não existe amor, desejo mundo foram apagados de suas mentes.
Uma única pessoa é encarregada de ser o guardião dessas memórias, com o objetivo de proteger o povo do sofrimento e, ao mesmo tempo, ter a sabedoria necessária para orientar os dirigentes da sociedade em momentos difíceis.  Aos 12 anos, idade em que toda criança é designada à profissão que irá seguir, Jonas recebe a honra de se tornar o próximo guardião. Ele é avisado de que precisará passar por um treinamento difícil, que exigirá coragem, disciplina e muita força, mas não faz ideia de que seu mundo nunca mais será o mesmo.
Orientado pelo velho Doador, Jonas descobre pouco a pouco o universo extraordinário que lhe fora roubado. Como uma névoa que vai se dissipando ou alegria genuína. Os habitantes da pequena comunidade, satisfeitos com suas vidas ordenadas, pacatas e estáveis, conhecem apenas o agora - o passado e todas as lembranças do antigo, a terrível realidade por trás daquela utopia começa a se revelar.


 E aí pessoal? Aqui e estou eu e adivinha? Com mais uma distopia, vamos falar hoje obre O Doador de Memórias.

Na obra de Lois Lowry é criada uma comunidade onde tudo é plenamente previsível e organizado, onde todos os habitantes são devidamente controlados por um Conselho que é a espécie de governo daquela comunidade; onde todo mundo é rigorosamente vigiado, e a vida de todos é ditada por aqueles que estão no poder, cada unidade familiar não pode ter mais que dois filhos, entre outras regras. Uma das mais aguardadas por todos é a atribuição, em que cada jovem recebe a função que irá seguir dali adiante, tal atribuição é escolhido pelos anciões conselheiros que avaliam cada cidadão até decidir qual a mais coerente para cada um. É nesse contexto que conheceremos Jonas, que é o grande protagonista desse livro, que assim como qualquer outro está ansioso pela sua atribuição, pois está prestes a completar 12 anos e ter a sua vida completamente mudada.

Em uma comunidade em que não é possível sentir emoções e tudo o que é abstrato e natural do ser humano, inclusive o passado, pois as pessoas que ali moram não tem memória, alguém precisa guarda-las e só um velho senhor detém todas as memórias de toda a comunidade, onde é de extrema importância para quando as coisas saem do controle, e é claro que para dar continuidade a um tão importante trabalho, ele precisa de um sucessor.


Esse livro sem dúvida me fez refletir sobre muitas coisas, e só em pensar na possibilidade de viver sem sentir tais emoções, até mesmo a dor, chega a ser apavorante. Por um lado, viver uma sociedade sem conflitos preconceitos e tantos problemas que não acabam mais como vemos hoje é bem tentador de se pensar. Mas a questão é: “Vocês abririam mão do amor?” seja ele por um familiar ou por algum cônjuge, amigo, pessoas que estejam em sua vida? Tudo na tal comunidade é superficial, imagine um mundo em preto e branco, onde você não possa ver as cores? A Lowis consegue passar tais sensações inquietantes com muito louvor,  com uma escrita leve e que não dá vontade de largar. O progresso do protagonista Jonas, o modo dele ver as coisas, os seus amigos a sua “amiga” Fiona são totalmente totalmente bem construído

Definitivamente, tudo acontece muito rápido e não dá nem tempo pra se pensar em largar. É uma profunda reflexão a quem aceita tudo em sua volta, e acaba sendo marionete nas mãos de gente com ideias malucas para nos dominar. Simplesmente com muita maestria Lois Lowry prende o leitor do início ao fim e nos faz emergir no mundo de Jonas, nos fazendo crescer com ele a cada passo de sua jornada.






21 comentários:

  1. Oi, João Victor!
    Esse livro levanta tantas questões. Por um lado tudo é perfeito, as coisas são resolvidas de maneira simples e sem discussões. Em contra partida as pessoas são apenas cascas.
    Fico feliz que tenha curtido a leitura e não deixe de ler "A Escolhida", apesar desse livro não ter sido tão bom quanto esse na minha opinião. ;)
    Beijão!
    http://www.lagarota.com.br/
    http://www.asmeninasqueleemlivros.com/

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  2. Esse livro é tão bom e tão curtinho que nos deixa com um misto de sensações, conforto, alegria, gostinho de quero mais. A autora soube muito bem como tratar temas tão pertinentes e como dividir o leitor.

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  3. Oiii,

    Eu já li muita coisa sobre este livro e afiquei muito curiosa, mas me incomoda um pouco o principio de todas estas distopias acabarem levando sempre para o mesmo lugar, claro que não da pra fugir muito, mas sempre fico esperando um pouco mais rs. Quero muito ler ele antes de assistir ao filme, mas é m outro receio de que posso vir a não gostar.

    Beijinhos...
    http://www.paraisoliterario.com/

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  4. Eu assisti ao filme, mas ainda não tive a oportunidade de ler o livro, mas espero ter em breve pois eu adorei toda a reflexão que o filme traz e imagino que no livro seja bem mais detalhado ainda.
    Espero que o livro prenda minha atenção assim como aconteceu com você!

    Virando Amor

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  5. Ola João fico feliz que gostou do livro, para mim não funcionou, comecei a ler e acabei abandonando a leitura, senti falta de emoções, achei a escrita parada demais. Quem sabe em outro momento eu tente ler e me envolva. abraços

    Joyce
    Livros Encantos

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  6. Oie! Tudo bem? Amei o filme que fizeram sobre esse livro, mas não gostei tanto assim do livro, não me fechei com o desenvolvimento que o autor deu para o livro, mas fico feliz que tenha gostado!
    Bjss

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  7. Olá!! :)

    Eu não conhecia o filme mas já tinha ouvido falar do livro! :) E quero ler em breve!! ahah Fiquei curioso!!

    E acho otimqo eu não consigamos largar o livro e também que nos fça sentir tantas emoções! :) Vou procurar!!

    Boas leituras!! ;)
    no-conforto-dos-livros.webnode.com

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  8. Oi Pollyanna! Estava pensando em ver o filme, mas acho que começarei pelo livro mesmo. A premissa parece ser ótima!

    Bjs, Mi

    O que tem na nossa estante

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  9. Oiee, esse livro badalou depois do filme e eu ainda nem li, mas tenho curiosidade em conhecer, gosto de distopias apesar dessa não parecer ser muito diferente das que vemos por ai.

    bjs jany

    www.leituraentreamigas.com.br

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  10. Oi João Vitor, distopias sempre fazem com que a gente fique pensando sobre o que poderia acontecer caso fosse nossa realidade, né? Aprecio muito o gênero e sempre me envolvo com leituras assim. Gostei da resenha, abraços

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  11. Oie!
    Eu já li esse livro e é ótimo!
    Inclusive, não vejo a hora de ler os próximos livros e que a editora continue a publicação. Vale muito a pena ler!
    bjks!
    Histórias sem Fim

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  12. Oi, tudo bem? Eu jurava que esse livro era maior, mas assim fica ainda mais fácil de pegar em uma tarde e ler de uma vez, principalmente com uma autora que te prende com maestria na história. Gostei da premissa e faz muito tempo que não leio distopia. Ótima dica, beijos.

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  13. Olá!
    Eu nunca li o livro, só assisti ao filme, e pela premissa achei o filme bem fiel a história do livro.
    Bom, do filme eu gostei muito já que estou sempre procurando distopias [acabou que minha lista esgotou :( ]. Um mundo sem violência, sem roubos, sem preconceito realmente é tentador. Mas, acho que eu não conseguiria viver sem emoção, sem amor.

    Abraços, Lara.
    Psiu, Vem Ler!

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  14. Amei esse livro! Tudo bem que muita coisa ruim deixou de existir na sociedade, mas acredito que perder as coisas boas como o amor e as memórias com certeza é um preço muito alto a pagar. E não sei como eu lidaria com minha vida controlada desse jeito, praticamente sem poder fazer nenhuma escolha e tendo uma "vida-padrão". Realmente o livro proporciona uma ótima reflexão.

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  15. Apenas assisti o filme e não sei dizer se existem grandes diferenças entre os dois (provavelmente sim), mas pelo que você citou, a finalização dos dois é bem parecida. No filme eles encerram de forma muito abrupta e eu fiquei sem entender nada.
    www.belapsicose.com

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  16. Olá, ainda não li a obra, mas vi o filme, gostei dessa reflexão trazida por você, de como seria viver em uma sociedade onde os sentimentos tivessem escassos. Onde o amor tbm seria esquecido. Pretendo ler o livor em breve, ainda mais , por ser mais completo que o filme.

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  17. Oi. Não tenho muita vontade de ler esse livro. Assisti o filme, e como não gostei , fiquei com medo de ler o livro e também não gostar. Sei que o livro muitas vezes é melhor que o filme, mas no momentos não estou com muita pressa para ler. Quem sabe esse ano surja uma oportunidade eu eu acabe lendo?!

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  18. Olá!
    Vi o filme baseado nessa obra, porém não li.
    Achei bem criativa essa ideia de ter pessoas que não sentem nenhum tipo de sentimento, não enxergam as cores... enfim... Achei bem legal.
    Já está na minha lista tem um tempo, só não tive tempo de ler ainda.

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  19. Oi, João

    Aho que viver em um mundo assim seria terrível! Eu assisti a adaptação e gostei bastante, até procurei saber mais sobre o livro, mas aí descobri que a continuação não continua a história do Jonas e não quis mais ler! =/

    Beijos

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  20. Olá!
    Já assisti ao filme, sabia que era baseado no livro, mas fiquei surpresa com o número de páginas, o filme é tão profundo que eu não consigo imaginar a história com menos de 300 páginas. Isso impacta bastante no que você falou de tudo acontecer tudo muito rápido, mas quero ler mesmo assim porque o filme é ótimo.
    Beijos,

    Luana

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  21. Sempre tive curiosidade para ler esses livros, mas ainda não tive a oportunidade. Comecei a ver o filme, mas não terminei por achar mais importante ler o livro antes.

    Gosto de coisas que me façam refletir sobre as coisas do mundo, sobre a importância de tudo o que está ao nosso redor e como o percebemos. Este livro está em meus desejados faz tempo!

    Ótima resenha!

    Abraços!
    www.asmeninasqueleemlivros.com

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Pollyanna Campos

Mineira, apaixonada por livros, advogada, viciada em romances de época, séries e café. Ama viajar, ouvir a mesma música, ver os mesmos filmes, reler suas citações literárias favoritas e cuidar de suas plantas.




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